Se você assim como eu NÃO AGUENTA MAIS FICAR EM CASA, esse texto é pra justamente a gente sair de casa (só que ficando em casa), que vamos conhecer juntos a maravilhosa aventura dos estudos em Plein air.
Primeiro o que é e como começar com o Plein Air?
O Plein Air é o estudo externo de desenho, seja de pessoas ou até mesmo de espaços públicos.
Tá mas porque estudar espaços públicos?
Para criar boas obras e boas referências, você precisa olhar e entender como a realidade funciona e, para aplicar uma boa ideia, tanto ao criar cenários mais orgânicos quanto personagens mais reais, o estudo de plein air se mostra como um bom exercício de compreensão do mundo, olhando como ele funciona em mercados, ruas e praças, trazendo a influência orgânica para a reprodução no desenho e, por mais que você ainda busque reproduzir sem pensar muito em criar algo “original” por assim dizer, ainda precisa dar atenção aos detalhes e aos fundamentos para criar uma obra verdadeiramente funcional. .
Como começar?
Pincéis:
Saiba separar um brush “bom” de um brush “ruim”
Se você não tem muito controle de valor do pincel, use configurações mais duras com poucas variações de valores, pois um que tem muita variação de valor pode afetar mais o seu estudo do que realmente ajudar a entender as cores de uma arte.
Muito melhor do que só falar para vocês, vou fazer e mostrar os primeiros passos para os seus primeiros estudos.
O site que eu recomendo é Mapcrunch.
Nele o local do mundo é completamente aleatório, fazendo com que você dificilmente pegue o mesmo lugar duas vezes e dando uma referência direta para uma localização tirada do maps, ou seja sem se preocupar com direitos autorais.
Agora mão na massa, abre aí o seu aplicativo favorito de desenho e cria um canvas longo ou alto onde você consiga deixar o espaço do seu print e o desenho vai estar.
Isso depende mais do seu processo do que de uma regra específica, mas aqui é pra você se sentir confortável.
Agora, já que a gente tem o espaço para o desenho e a orientação, a gente precisa começar a entender a imagem.
Primeiro define a linha de horizonte e o ponto de fuga.
E agora os shapes de forma geral dos objetos que compõem a cena.
Limite seus valores no começo e pinte a partir deles para depois criar uma obra mais complexa. (3 a 5 valores)
Entenda o funcionamento dos objetos para depois ir pro complexo
Depois o funcionamento da luz e sombra, justamente para ter uma noção de contraste e percepção de profundidade.
Simplifique as cores e a forma que você visualiza o seu trabalho, porque, como diria Da Vinci, ser simples é a sofisticação máxima!
E depois você pode continuar refinando, tanto arrumando as proporções quanto descrevendo melhor os objetos e funcionamento do mundo e se você percebe que errou muito feio, volta para a blocagem do desenho e da pintura percebendo os objetos no espaço e faz tudo de novo.
Você não precisa detalhar muito é só buscar a funcionalidade que consiga descrever bem o mundo real para esse estudo.
Mesmo que a resolução seja ruim você consegue ter um resultado muito bom, seja com a influência da céu, funcionamento de luz e sombra e controles de valores ao pensar e desenvolver uma arte com um exercício muito mais divertido do que só os fundamentos.