1- Siga artistas
Pode parecer meio óbvio, mas boa parte de tudo o que consumimos, em como nos informamos e muito do que pensamos enquanto indivíduos e sociedade pode ser observado nas redes sociais. Incentivar a comunidade artística começa em observar os artistas que você segue. Se depois de olhar os perfis que você acompanha, você se espantar com a pouca diversidade - isso já aconteceu comigo! -, te encorajo a pesquisar artistas que te inspirem para que sua lista tenha mais mulheres, LGBT, negros, etc.
2- Incentive o consumo de outros artistas
Vale a mesma lógica do primeiro item. Se olhar sua estante de livros ou os prints que estão na sua parede, como anda a diversidade por aí?
Outra coisa bem importante é ir além dos nossos discursos e consumir o que esses artistas estão criando. Você pode fazer isso diretamente em suas lojinhas ou comprando produtos criados por artistas além da sua bolha. Também há muitos artistas iniciantes ou que não tem abertura em grandes produtoras que realizam seus projetos independentes através de financiamento coletivo.
3- Dê voz
Recentemente, quando houveram os protestos contra a morte de pessoas negras, vários artistas compartilharam artes de pessoas negras ou cederam seus espaços para que eles mesmos falassem. Isso pode ser mais útil que aquele textão falando de preconceitos que não fazem parte do nosso dia a dia ou fazer uma arte crítica (não estou dizendo que não funciona, mas você pode somar iniciativas e assim ampliar a reflexão sobre os temas).
4- Indique para outras pessoas
O engajamento desses artistas também pode melhorar se você recomendá-las (os) para outros amigos e amigas, curtir, comentar, elogiar as coisas que gosta na arte autoral dela (e).
5- Estude
Para entender as desigualdades na sociedade e na comunidade artística também pode ser importante pesquisar um pouco de História, leituras e dados estatísticos. Hoje a internet tem uma variedade de conteúdos, artigos científicos e vários TEDS também abordam essas temáticas, entre várias listas que você pode achar se utilizar algumas palavras chaves e hashtags específicos.
6- Ouça
Conhecer as necessidades da própria comunidade artística começa por ouvir e entender para respeitar o lugar de fala de outros artistas.
7- Acompanhe as pautas
Volta e meia a comunidade artística se une para mostrar a relevância de algumas pautas como: mulheres no cinema, artistas em quarentena, etc.
Saber as pautas que estão em discussão também vai te ajudar a identificar as necessidades da própria comunidade artística para refletir o que está ao seu alcance para deixar a arte um lugar mais acolhedor.
8- Reconheça seus privilégios
Pode parecer um clichê, mas muitas vezes temos acesso a algumas coisas e nem percebemos nossos privilégios. E aqui, não digo só desigualdades sociais e econômicas, mas também geográficas e outras que você pode perceber ao seu redor. Às vezes, estar mais próximo de alguma capital pode te ajudar a ampliar (e muito!) seu repertório artístico, a ter mais oferta de cursos, a ter uma internet melhor…
9- Seja acolhedor com quem é iniciante
Começar a construir uma carreira ou mudar de área já é assustador por si só. Você pode ajudar um artista iniciante recomendando cursos e encorajando-o a criar e ser persistente!
10- Passe seus conhecimentos e experiências adiante
Uma vez ouvi uma frase e nunca mais esqueci: “Sozinho se vai mais rápido, mas junto se vai mais longe”. Compartilhe o que já aprendeu, crie grupos de estudo, dê feedbacks construtivos. Ter uma comunidade artística mais acolhedora e diversa também começa com você.
Arte em Destaque pela ilustradora Iga Oliwiak - Conhaça mais do trabalho dela em seu Instagram e Artstation =)